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Caio Oliveira

Como Funciona o WiFi?

O WiFi funciona através de ondas de rádio, assim como as TVs, aparelhos de rádio e celulares. A antena do roteador é a responsável por captar e emitir os sinais, bem como decodificá-los. E é assim que os aparelhos conseguem trocar informações.


Essa troca de informações pode ocorrer em duas frequências diferentes, 2.4GHz ou 5 GHz. E quanto mais alta a frequência, maior é a capacidade de transferência de dados.


Também existe um protocolo que os aparelhos precisam seguir para se entenderem, que é o padrão 802.11. Tal padrão é uma série de regulamentações que especifica regras de transmissão e codificação para a troca de informações. Esse protocolo apresenta algumas variações que são sinalizadas pelas letras “a”, “b”, “g” e “n”, a depender da frequência utilizada, do alcance máximo da rede e da velocidade máxima de transmissão.


Por exemplo, o 802.11a transmite as informações na frequência de 5GHz com velocidade de até 54 megabits por segundo. O 802.11b usa a frequência de 2,4GHz e sua velocidade chega a até 11 megabits por segundo. Enquanto o 802.11g é mais rápido que a versão “b”, mesmo usando a frequência de 2,4GHz, e chega a até 54 megabits por segundo. Já o 802.11n foi criado com o objetivo de aumentar tanto o alcance como o sinal de transmissão e chega a até 140 megabits por segundo.


História


Todas essas “letrinhas”, como “b”, “g” e o “n”, que sucedem o número 802.11, contam, também, um pouco da história do WiFi.

  • 802.11: esta é a nomenclatura inicial para as redes sem fio, desenvolvida em 1997 pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE). Ainda que uma grande inovação para a época, o padrão apresentava uma taxa de transferência muito baixa, próxima a 2 megabytes por segundo. Por conta disso, o padrão foi descontinuado.


  • 802.11b: desenvolvido dois anos depois do anterior, este apresentava uma taxa de transferência de até 11 megabytes por segundo. Porém, este padrão fazia uso das mesmas frequências de operação de diversos outros aparelhos domésticos, como microondas e telefones sem fio, que também operam próximos à 2.4GHz. Isso poderia causar interferências dependendo do local em que o roteador se encontrava.


  • 802.11a: este padrão trabalhava com uma transmissão de 54 megabytes por segundo e atuava na frequência de 5GHz. Apesar de conseguir transferir os dados com mais velocidade, a distância entre dispositivos era mais curta. Este sistema tinha um custo mais alto e teve baixa quantidade de vendas se comparado ao anterior. Seu desenvolvimento se deu em paralelo ao padrão b. Porém, o modelo não teve muito adesão do mercado.



  • 802.11g: este padrão trouxe a junção das vantagens trazidas pelos dois modelos anteriores. Com isso, este é capaz de transferir dados a 54 megabytes por segundo, usando frequências próximas a 2.4GHz para uma melhor abrangência de sinal.


  • 802.11n: este é baseado em uma metodologia chamada MIMO (Multiple Input Multiple Output), que realiza múltiplas conexões de entrada e saída para melhorar as taxas de transferência e abrangência do sinal.

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